quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Lápis mastigado, Aluno concentrado



Sabe aquele seu colega de sala de aula, viciado em morder o lápis? Ou então seu colega de trabalho, que não se cansa de descontar toda a suposta tensão sofrida pela rotina na madeira do lápis, como uma forma singular de se distrair do mundo e usar o ato de mordê-lo como um mecanismo de auxílio no fluxo de pensamentos que possam conseqüentemente levá-lo a ter uma idéia?Não? Pois bem, eu também não conheço ninguém com esse perfil.Mas parece que a Concentrate, uma empresa britânica, quer que os alunos se concentrem mais nas aulas, começando por 'parar de morder o lápis'.A idéia é simples: eles fabricam um lápis com marcas que lembram mordidas.Os alunos brilhantes que estão sempre à par das últimas novidades tecnológicas em desenvolvimento de projetos visados a uma maior concentração em salas de aula vão até a papelaria mais próxima e compram um desses. Aí, quando eles estiverem em suas provas de física e quiserem morder seus lápis para 'viajar pelo mundo', olharão para o cabo do lápis e pensarão "Eca, que nojo!Eu não vou morder isso!Eu vou me concentrar para a minha prova de física!".
E então, não é um plano infalível?
Pois bem, não é preciso dizer que tem quem compre, mas é algo tão banal que tem sua própria existência desnecessária.Será que as empresas de lápis não podem contribuir com as salas de aula através de projetos educacionais,ao invés de colocar cachorros para morder os lápis dos alunos?Qual vai ser a próxima? Esmaltes que já vem com fazedores de risquinhos, para que quando as secretárias forem roer as unhas elas pensem "Oh, meu Deus, mas que unhas horríveis!Não vou roer minhas unhas, vou trabalhar!" ?
Isso, porque estamos falando de algo que acontece na Inglaterra.
Não é apenas ridículo, é um insulto, uma subestimação da capacidade geral dos alunos de manterem-se concentrados em seus estudos, porque o aluno que vai pra aula pra estudar, ele vai pra aula e estuda, não precisa ficar comprando lápis especial de mordidinhas anti-distração.
Mas então, de que cor quer seu esmalte?

domingo, 21 de setembro de 2008

Solidariedade até a morte

Me lembro de estar caminhando pela chuva.Caminhando por São Paulo pela chuva.Quem olha de longe, acha que a cidade é uma civilização singular gigantesca cujos edifícios cortam o céu; uma civilização feita de asfalto e concreto.Mas quem vive aqui sabe que não.Na verdade, São Paulo é feita de póvora negra.Póvora negra e dinamites, prontos para explodir a qualquer instante.Por isso que quando chove, não se trata apenas de água, mas sim de um alívio.
Ao passar pela banca de jornais, me lembro de ter visto em uma revista de fofocas a foto de um participante do Big Brother Brasil com as mãos para o ato, e em vermelho e negrito, editado na capa da revista , "HERÓI".É, de fato, uma bela definição para o tipo de figura que grande parte da nação considera heróica.Mas me recordei então da notícia que há muito havia ouvido.
Em Erechim, no Rio Grande do Sul, em uma manhã de quarta-feira de chuva, um ônibus escolar com 30 estudantes caiu em um rio.Lucas Vezzaro, de 14 anos, foi um dos primeiros a sair do ônibus pela janela.É fácil deduzir que, naturalmente, qualquer ser humano deixaria seu instinto de sobrevivência falar mais alto em um momento como este; mas não, o garoto, em vez de ir para a borda do rio, voltou para o ônibus e salvou sua prima com mais uma amiga.Em seguida, retornou ao ônibus, já submerso, e resgatou outra garota.Sem hesitar, ele retornou ao rio na tentativa de salvar mais colegas.Foi uma viagem que não teve volta."Em casa, filho único, comportava-se de modo bem diferente do da maioria dos garotos de sua idade. À tarde, depois de almoçar com a mãe, lavava a louça, passava aspirador de pó na casa, varria o quintal, cuidava da horta e fazia a lição de casa. Mesmo com tantos afazeres, ainda achava tempo para o futebol com os amigos, para pequenas caçadas e para partidas de bocha. Uma de suas maiores diversões era pescar e se orgulhava de nadar bem. Estava na 8ª série e ainda não tinha definido o que estudaria mais adiante. "
Como disse um homem sábio, muito tempo atrás, "a opinião é algo muito preconceituoso e pessoal, por isso ela não pode servir de exemplo para a verdade absoluta".Mas, agora, me responda uma coisa na sua opinião: Quem é o herói? O bambambam que tira a camiseta na frente de milhões de brasileiros ou aquele garoto que sacrificou sua própria vida para poupar a vida daqueles que ele amava?É, acho que o conceito de "herói" passou por mudanças drásticas de um tempo pra cá.
Recentemente, outros dois casos parecidos com o de Lucas Vezarro estamparam as contra-capas dos jornais.Claro, as manchetes estavam voltadas ao suposto assassino de uma personagem em uma novela na TV Globo.
No primeiro caso, o surfista Tony Viela, 32 anos, pulou no mar para resgatar quatro outros surfistas que estavam com problemas graças ao mau tempo.Ele conseguiu salvá-los, mas isso lhe custou a vida.
Já no segundo , uma barbariedade: Fábio Carvalho da Silva, 24 anos, universitário, passava com seu Celta preto na margnial Pinheiros, zona Oeste de São Paulo, por volta das 23h desta quarta-feira, com sua namorada e mais uma amiga, quando parou seu carro para ajudar o motorista de um Ford Ka. Fábio então foi atingido por um caminhão cujo motorista não conseguiu fazer o desvio.Fábio morreu na hora.O caminhoneiro ficou inconsicente e foi levado ao hospital.A namorada e a amiga ficaram em estado de choque.E o motorista do Ka deu a partida e fugiu.
Embora no segundo caso seja ressaltada a atitude infantil do motorista do Ka, nos três casos percebemos que a solidariedade estava presente em cada um dos heróis.Eram três jovens e não mereciam o fim que tiveram.Mas isto levanta uma questão ainda mais...primordial: até onde vale a pena exerecer a solidariedade e a suposta cidadania? Eu daria a vida por alguém?Você daria a vida por alguém?É claro que tudo é uma questão de ética, mas eu acho que a solidariedade deve ser exercida sempre que há a possibilidade.Nem que seja em coisas relativamente pequenas, como, por exemplo, ceder um lugar para alguém no ônibus ou doando roupas para quem tem necessidade.São pequenas atitudes que tornam o mundo um lugar melhor, que nos fazem sentirmo-nos bem.
Quem sabe se começarmos a praticar com mais freqüência, o termo herói deixe de ter sua consistência em idiotas musculosos que aparecem na TV.

sábado, 30 de agosto de 2008

O Retorno de Lorde Almôndego 2

Saudações, caros leitores fantasmas!
É com pesar que declaro que minha ausência pode ser justificada com o argumento de que não tenho me interessado muito em escrever.Ou, melhor dizendo, não tinha até algum tempo atrás.
Amigos, romanos, compatriotas, dedico esta postagem a minha ex-colega Mariana, que de certa forma me inspirou a prosseguir com as divulgações de meus ideais neste local.
Desde a última postagem, muita coisa se passou.Mas não quero entrar em detalhes sobre isto.Gostaria de lhes dar uma notícia no mínimo gratificante; logo a manchete já chama a atenção: "Estudantes australianas podem 'colar' com iPod".Calma, não é isso que você está pensando.Quer dizer, é exatamente isto que você está pensando.A escola de ensino médio para garotas da Presbyterian Ladies' College, em Sydney, está realmente reinventando o sistema de testes escolares.Claro que isto só será possível caso a idéia seja aceita no mundo.Bom, segundo Deirdre Colenan, idealizadora do projeto, "Elas não precisam memorizar toda a informação. Atualmente o que elas precisam ser capazes de fazer é utilizar os meios disponíveis para obtê-la e serem capazes de checar sua confiabilidade."
Estou plenamente de acordo com esta idéia.A rápida e estrondosa evolução da tecnologia contemporânea é incontestável.Então, para que os alunos de alguma escola deveriam passar noites estudando (não estou exagerando, uma amiga minha faz isso direto) para tentar memorizar informações que podem ser acessadas a qualquer momento?Até onde eu saiba, a escola prepara o jovem para o "mundo lá fora", e com a tecnologia atual, quaisquer informações com respeito ao que é estudado no ensino médio podem ser encontradas através de uma maneira rápida e precisa, que chamamos de buscar na internet.Tendo em vista que a escola supostamente prepara os jovens para este mundo, podemos concluir que é desnecessário investir horas em estudos se quando for preciso a informação pode ser obtida rapidamente.
Todavia, vem a questão da aquisição do conhecimento.Seria possível adquirir conhecimento sem realmente estudar?Algumas olhadas rápidas em algum website seriam o suficiente para alguém de fato aprender?Bom, isso só o tempo nos dirá...mas se nos mantivermos presos aos antigos hábitos e costumes da sociedade, jamais haverá uma revolução na maneira de como o jovem vê a escola(principalmente pelo ensino público).
Fugindo um pouco do assunto, e exemplificando a frase anteriormente citada, no Japão, o uso do console Nintendo DS aumentou em 40% o rendimento dos alunos em uma sala de aula.É a boa e nova atração pela tecnologia.Pois com base neste fato, eu vos digo, a tecnologia pode revolucionar o sistema letivo global e até mesmo renovar a mente dos jovens.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Lorde das Almôndegas Cibernéticas Oprimidas retorna de sua missão espacial

Isso aí, é o retorno do Lord ! Após alguns meses sem muita motivação, finalmente a volta às aulas, à rotina e monotonia do cootidiano me concedem a honra de escrever novamente.E aguarde, estive coletando vários temas para debater.E, pra matar a saudade, por que não retornar com o assunto do momento : a maligna, malévica , demoníaca dengue ?
É de conhecimento geral que a falta de higiene da população tem influência direta na proliferação do inseto, não é mesmo ? Mas eu me pergunto : por que há 10 anos atrás nem se falava no assunto ?Seria mesmo tal ameaça descoberta tão tarde ?Não é preciso pensar muito para chegar a conclusão de que a dengue foi criada em laboratório.Seria fácil criar um inseto com determinadas características para se ambientar em lugares onde haja água parada. Mais fácil ainda seria fazer esse inseto se desenvolver em tais lugares, uma vez que estes estão em abundância nas grandes metrópoles .Mas não vou entrar em detalhes sobre teorias conspiratórias, posso fazer isso mais tarde...
Mas, afinal de contas, por que a dengue vai se desenvolvendo cada dia mais rápido ao ponto de já corrermos risco de epidemia? Falta de conscientização ?Não. Falta de campanhas ?Hmm...talvez.Mas o fator que definitivamente é relevante nessa questão é a falta de ação .Todos temos consciência de que a dengue está em todo lugar, e além disso, nós não agimos. Ficamos parados como estátuas observando o desenrolar dos fatos pela televisão, jornal, rádio, internet, e nos esquecemos que temos aquele vaso de flores nos fundos das casas.Este é o grande problema.
A dengue é de fato um grande inimigo da população, mas valhe lembrar que o mosquito não vai sumir magicamente.É preciso ter mais do que consciência, é preciso agir.E se continuarmos ignorando pequenos detalhes como o vaso de flores citado acima, não chegaremos a solução nenhuma.